Sediado na Universidade Federal Fluminense, o NEMIC vincula-se ao Centro de Estudos do Oitocentos (CEO) – UFF. Os seus objetivos precípuos são refletir sobre o processo histórico de construção da cidadania no Brasil e de formação das diferentes identidades, retomando as idéias em torno de uma História Atlântica.

No caso das migrações, preocupamo-nos com as relações transnacionais no que se refere aos direitos políticos e comerciais entre as nações, bem como à vivência de questões relativas à raça e à nacionalidade.

Enfocamos as rivalidades e as solidariedades de tal modo que possamos pensar como as identidades étnicas e de classe se entrelaçam e se reconfiguram. As reconfigurações identitárias que se dão a partir das experiências dos indivíduos na constituição de um mercado de trabalho que não é necessariamente assalariado.

No XIX, pensava-se a nação e a nacionalidade brasileiras diante da viabilidade do país no concerto das nações capitalistas. Neste sentido, enfatizava-se, em especial, a formação/participação do trabalhador/cidadão em um país marcado pela escravidão, onde as teorias racistas excluíram gradativamente o negro do mercado de trabalho e incluíram os chamados, a grosso modo, brancos, sendo estes em geral imigrantes europeus. No caso das redefinições de identidades “africanas”, estas forjaram-se nas diversas experiências do cativeiro, tanto. nas áreas rurais como naquelas urbanas.

A consciência política advinda das experiências de inclusão/exclusão marcaram as redefinições identitárias, tanto no âmbito da constituição das nacionalidades /etnias recriadas, quanto na perspectiva das opções e projetos políticos na luta pela autonomia, leia-se direitos conquistados na nova terra de adoção e/ou organização das lutas dos trabalhadores em movimentos operários de diferentes matizes.